Resumo: | Síntese da nota apresentada pelo autor ao Comitê da Oficina Internacional de Higiene Pública. Aponta a febre amarela como sério obstáculo ao desenvolvimento social do Brasil, por impedir a introdução da mão-de-obra imigrante, e enaltece o sucesso de Oswaldo Cruz no comando da campanha profilática que, no início do século, levou à erradicação do mosquito transmissor da doença na cidade do Rio de Janeiro. Menciona que, em 1928, os dados estatísticos permitiram considerar todo o território nacional livre da doença. Relata que tal resultado deveu-se sobretudo à diminuição das larvas do transmissor, o Aedes aegypti, e à utilização de inseticidas, principalmente por fumigação, visando à redução do número de insetos adultos. Comenta que, em setembro deste ano, tendo em vista a identificação de cento e oito casos de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro, a administração da Saúde Pública desencadeou uma campanha utilizando tais métodos, o que permitiu debelar rapidamente a epidemia. Apresenta ainda estudos experimentais realizados no Instituto Oswaldo Cruz, onde se obteve a transmissão do vírus causador da febre amarela para Macacus rhesus e Macacus cynomolgus, ambos de origem asiática. Indica que não se conseguiu nenhum sucesso nas pesquisas que tentaram relacionar as formas ictéricas da doença às infecções secundárias por bactéria do gênero Leptospira.
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